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A Violência Contra a Mulher

A violência contra a mulher tem sido chamada de ‘‘violência de gênero’’, sendo esta, uma das mais graves formas de discriminação.

Essa expressão significa que não são as diferenças biológicas entre os homens e as mulheres que determinam o emprego da violência contra a mulher, mas sim, os papéis sociais impostos a homens e mulheres, reforçados por culturas patriarcais, que estabelecem relações de violência entre os sexos.

As fases da situação de violência doméstica compõem um ciclo que pode se tornar vicioso, repetindo-se ao longo de meses ou anos. A primeira fase se refere à violência direta, relacionada aos atos físicos resultantes, com prejuízo deliberado, ou seja, quando alguém sofre algum tipo de dano físico, a partir de um contato corporal. A segunda, diz respeito à violência indireta, que envolve todos dos tipos de ação coercitiva ou agressiva, resultando em prejuízo psicológico ou emocional quando, por exemplo, o sujeito é destituído de possibilidades de reação e, por fim, a violência simbólica, que se dá através de relações de poder que se estabelecem por meios de instituições, apaziguadoras, eficazes e interventivas de fatores desencadeantes da violência.

 

A violência é muitas vezes considerada como uma manifestação tipicamente masculina, uma espécie de “instrumento para a resolução de conflitos”. Em momento algum esses homens atribuem seus atos violentos ao fato de estarem desempregados e terem poucas possibilidades de manter o sustento de suas famílias, mas referem que agrediram porque o outro o provocou.

 

Violência contra a mulherEm geral, os homens não batem para matar. Eles maltratam para fragilizar e humilhar a mulher, para dominá-las. O homem que mata a companheira, geralmente o faz por motivo banal, em crime não premeditado.

A questão da superioridade machista é igualmente fator ressaltado no perfil do homem que agride. Geralmente de meia-idade (há poucos jovens que cometeram o delito), ciumento e considera a mulher um ser inferior que lhe deve obediência ao mesmo tempo em que a elegeu o ‘problema’ mais importante de sua vida.

Trata-se de uma pessoa de grande preocupação com sua imagem social e sua respeitabilidade de macho, sendo emocionalmente imaturo e descontrolado.
A maioria das mulheres que sofrem alguma agressão física sofrem, geralmente, vários atos de agressões ao longo do tempo.

Primeiro, vem a fase da tensão, que vai se acumulando e se manifestando por meio de atritos, cheios de insultos e ameaças, muitas vezes recíprocos. Em seguida, vem a fase da agressão, com a descarga descontrolada de toda aquela tensão acumulada.

O agressor atinge a vítima com empurrões, socos e pontapés, ou às vezes usa objetos, como garrafa, pau, ferro e outros.

Depois, é a vez da fase da reconciliação, em que o agressor pede perdão e promete mudar de comportamento, ou finge que não houve nada, mas fica mais carinhoso, bonzinho, traz presentes, fazendo a mulher acreditar que aquilo não vai mais voltar a acontecer.

É muito comum que esse ciclo se repita, com cada vez maior violência e intervalo menor entre as fases.