Economia & Finanças

A Psicologia Organizacional

os princípios que regem as organizações interferem profundamente no comportamento da psicologia humana.

A Revolução Industrial proporcionou a proliferação das máquinas utilizadas na produção exigindo das organizações sua adaptação a essa nova forma de produzir dando origem às organizações burocráticas e aos conceitos mecanicistas da administração , em particular, a teoria da divisão do trabalho de Adam Smith para quem, em busca da eficiência, a produção deve ser dividida em tarefas.

Contudo, a precisão, a rapidez, a clareza, a regularidade, a confiabilidade e a eficiência, características da mecanização industrial estão também presentes nas organizações burocráticas, atingidas através da divisão de tarefas fixas, supervisão hierárquica, regras detalhadas e regulamentos, gerando conseqüências sociais estudadas por Max Weber, sociólogo. Sob esta ótica, questionou a corrosão do espírito humano e de sua espontaneidade provocada pela rotinização e mecanização da vida humana, defendendo, assim, formas mais democráticas de organizações.

 

Teoria clássica X teoria científica da Psicologia Organizacional

Deste conflito de idéias surgem duas importantes ramificações teóricas a respeito da administração. A primeira, a Teoria Clássica, baseada no planejamento da organização total, a segunda, Teoria Científica, focada no planejamento e na administração de cargos individualizados.

 

A Psicologia Organizacional
A Psicologia Organizacional

Henry Fayol, F. W. Mooney e Lyndall Urwick são os precursores e representantes da Escola Clássica cuja unidade de análise baseia-se nos processos administrativos dentro da organização formal e dimensiona-se estrategicamente na busca da eficiência dos processos administrativos.

A unidade de análise da teoria Científica da Psicologia enfoca a tarefa dentro do processo produtivo da organização e a busca da eficiência e a racionalização do trabalho e tem como o mais expressivo representante Frederick Winslow Taylor.

A Teoria Clássica tem como princípios a divisão do trabalho, a autoridade e responsabilidade, a disciplina, a unidade de comando, unidade de direção, remuneração do pessoal, centralização, ordem, estabilidade do pessoal, iniciativa e espírito de equipe.

Os princípios da Escola Científica sustentam-se no planejamento, no preparo, no controle e na distribuição das atribuições e responsabilidades.

A responsabilidade gerencial, a utilização de métodos científicos no planejamento das tarefas, a seleção do pessoal, treinamento e a fiscalização são os princípios básicos da Administração Científica.

A padronização das atividades do trabalho era fruto da medição de toda a tarefa e, por sua vez, as tarefas eram claramente definidas entre gerentes e empregados, a estes a execução dos serviços e àqueles o gerenciamento e o planejamento.

Este modelo científico, também chamado de Taylorismo, adequa-se facilmente à indústria e ao escritório, seus índices de produtividade são elevados porém, na mesma proporção elevam-se os níveis de substituição da mão de obra especializada pelos não qualificados e autômatos, graças à extrema simplificação das tarefas e, conseqüentemente, a redução dos custos já que se torna barato treinar, supervisionar e substituir.

Esta Escola sobreviveu a diversas épocas e até mesmo a barreiras ideológicas. Trata-se de uma tendência social ampla e abrangente, utilizável por todas as formas possíveis de organizações que traz em si características marcantes da mecanização humana observada por Max Weber.